Raúl Angulo Díaz, Moda E Vanguardas, O Catoblepas 17:11, 2019
As vanguardas têm tentado explicar a Moda a começar por dicotomias totalmente abstratas e idealistas. Este post pretende ser uma resposta ao post, manifesto divertido, De moda para a luta. Sobre democracia e um tanto de frivolidade, de Eduardo Robredo Zugasti. De agora em diante, adoraria de clarificar que não pretende ser uma resposta ponto por ponto as teses defendidas por esta postagem.
Confesso que a razão é que não acabo de captar tudo. Acho que ali se misturam, com frivolidade dogmática, várias ideias e ornamentos retóricos. No fundo, o que ali se defende é uma espécie de raciocínio fraco, uma apologia a fluidez do ser, da substância e da explicação. E entre meio actuam a Arte e a Moda, o primeiro com o fracasso e a segunda com sucesso.
Porque a Arte, e seus asseclas elitistas, foi posto de lado de uma metafísica e epistemologia duras, enquanto que a Moda, e seus risonhos sátiros e bacantes, privilegiou o lado mais macio. Ou seja, creio, o que almeja narrar-nos o autor deste postagem sobre a moda.
Se é deste jeito, julgo que é uma observação muito basto. Em primeiro espaço, estabelecer uma divisão entre “duro” e “mole”, ou entre “sério” ou “frívolo”, que abrange áreas tão díspares como a causa, a metafísica, a ética, ele falha em sua aplicação.
Não sabemos muito bem o que significa “duro” ou “macio” em ligação à razão. Quer ser aplicada a ferocidade das ciências da natureza ou a delicadeza das ciências do espírito ou hermenêuticas, como alguns epistemólogos objetivam? Em segundo território, comentar duro e mole, o sério e o frívolo, &c.
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Tudo isto veremos alguma coisa mais detalhadamente no decorrer do artigo. Minha conclusão será a de que as análises de Eduardo não são mais do que uma volta “do avesso” da análise metafísicos das vanguardas. Vamos começar por clarificar que nos referimos no momento em que falamos de Moda, uma questão que a bibliografia corrente não se preocupa em fazer. Pra essa finalidade irei circunscribir o termo Moda, por meio de duas operações, muito discutíveis com toda certeza.
Em primeiro local, delimito o âmbito de aplicação do termo Moda ao vestir ou enfeitar o corpo humano. Com isso evito apresentar de modas artísticas, musicais, literárias, culturais, &c. Quando se estende a esses domínios, emprega-se uma Idéia de Moda (definida em termos de substância/modo, realidade/aparência, permanente/efêmero, &c.) que é metafísica e, ademais, devedora de uma filosofia da história, como veremos. A segunda circunscrição que irei botar é a discernimento entre o Vestir (e Decorar) e a Moda.